O caminho da Constelação Sistêmica!
- rosasilvestreconst
- 22 de jan. de 2021
- 3 min de leitura
Constelação Sistêmica Familiar é uma abordagem muito recente e tem sido muito bem aceita em mais de 50 países, com muitos livros traduzidos e atraído milhares de pessoas em sofrimento.
Não poderia falar de Constelação sem falar de seu sistematizador Bert Hellinger, um alemão de 93 anos. Casado com Shophie Hellinger, deixou este mundo e todo seu legado em 2019 e sua mulher Sophie continua divulgando a Constelação pelo mundo todo.
Ele fez um longo percurso, foi padre, trabalhou na África do Sul com a tribo dos zulus, de lá recebeu muitas influências.
Deixou de ser padre para ser terapeuta e passou por várias abordagens desde a psicanálise, psicodrama, analise transacional, Programação Neurolinguistica, terapia tribal, terapia familiar de Virginia Sattir, lealdades invisíveis de Ivan Nagy (HD da família), entre outros.
A base da Constelação é a ciência fenomenológica criada por Edmund Husserl, no século passado.
Husserl foi contra o pensamento linear e a visão mecanicista da ciência. Percebeu que a verdade é provisória e que as perguntas tinham muitas respostas que não se percebiam pelos sentidos. Tudo era relativo e influenciado pela intencionalidade. Tudo era fenomenológico.
Depois de Husserl, muitos cientistas renomados trabalharam e desenvolveram o conceito de campos sistêmicos como a Teoria Geral dos Sistemas, Edgar Morin, Maturana, etc.
Não somos seres humanos sozinhos, nossa identidade pessoal tem plural, inclui de onde viemos: pai e mãe. Todos nossos ancestrais estão em nós. Cada pessoa está comprometida com o destino de seu clã. Somos um grande “NÒS”, fluindo de uma só pessoa.
Cada um carrega dentro de si o desdobramento do seu sistema familiar.
Nos nossos dias atuais Rupert Sheldrake , biólogo renomado, revoluciona o mundo científico com suas pesquisas sobre campos mórficos e morfogenéticos.
“Aquilo que acontece depende daquilo que aconteceu antes”.
Campo mórfico abarca tudo, dos minerais, vegetais, animais e planetas. Tem informações do começo do Universo. Sheldrake pesquisou plantas, animais como os cupins, os pássaros, os cachorros e criou teoria do centésimo macaco.
Campos morfogenéticos são subconjuntos do campo mórfico. Ele se manifesta através da ressonância mórfica. Um processo difuso e não intencional.
A física quântica vem também justificar o que acontece numa constelação. Somos energia e tudo são ondas, nada é linear. O passado, presente e futuro são simultâneos, não existe tempo e espaço. Não existe obstáculos para que a energia chegue a outra, tudo é simultâneo. Olhos nos olhos e a alma se cura. É lindo.
A Constelação é um trabalho profundo, muito além da terapia, talvez possa ser chamado de uma terapia quântica, não é método, não é técnica, não é magia, não tem nada ver com religião, mas é espiritual, diz Bert que é uma transição para um novo nível de consciência.
Diz Shophie Hellinger que é uma intervenção na alma da pessoa.
Numa constelação, a postura fenomenológica requer um esvaziar-se (entrar no centro vazio), sem intenção e sem medo e os representantes entram no campo de memória de seu cliente, com o coração.
Quando abrimos uma constelação surge um campo de informações e surgem memórias de dor, algum assassinato, aborto, suicídio, tragédias.
Com amor e respeito incluímos as histórias e com frases curativas entregamos ao sistema o que está no passado e recebemos as bênçãos para fazer diferente e fazer algo de bom em homenagem a tanta dor.
Numa constelação não só mostra padrões inconscientes, como também o cliente sai do amor cego que adoece e caminha para o amor adulto que cura. Sai da dinâmica infantil do “Eu por você” e se torna protagonista da sua vida.
Se algo apareceu na constelação é porque precisou ser resignificado através do amor e da gratidão. Cabe incluir as vítimas e os agressores e colocar todos no coração. É uma desconstrução. É uma filosofia na prática.
Rosa Silvestre – Consteladora e ThetaHealer (16)997147206







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