Luto
- rosasilvestreconst
- 19 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Parte II
Nunca escrevi tantos “meus sentimentos” como tenho escrito nas redes sociais. Tenho ouvido repetidamente esta frase.
É preciso de muito equilíbrio para sentir que a Morte ronda cada um de nós. Sorrateiramente, descaradamente, escandalosamente.
Tudo isso provoca como diz Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes, um maior discernimento sobre a vida. A morte passa a ser uma alavanca para o sentido da vida. Traz para alguns, clareza do que é importante viver, mas para outros, um tremendo medo cercado de pensamentos negativos e de síndromes do pânico.
No livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, Dra Ana Cláudia nos diz que, apesar das pessoas terem medo da morte, vivem de forma contraditória, comem, bebem, fumam, trabalham, reclamam, aglomeram, além da conta, irresponsavelmente.
Não há como enganar a morte, nas constelações vemos muitas pessoas vivas que estão na morte, abandonadas de si mesmas, inconscientes e adormecidas. Algumas vezes estão identificadas e emaranhadas com alguém do seu sistema familiar. Outras vezes estão desconectadas com sua alma.
Quando somos surpreendidos pela perda de uma pessoa amada, temos a certeza de que, quanto mais amor temos por elas, mais dolorido fica a perda. E quanto mais amor, mais força para lidar com a dor da partida. Quem parte quer, que quem fica, fique bem.
A morte pelo covid traz uma dor maior, o isolamento, a incomunicabilidade nas UTIs, a incerteza da cura, a impossibilidade de um ritual de despedida e tantos outros inconvenientes.
Os pacientes de covid não tem tempo de ouvir sua própria voz e se preparar para sua partida, logo são entubados e ficam inconscientes. Se bem que saibamos que, espiritualmente, são atendidos, socorridos e preparados para a grande viagem.
Diz a Dr. Ana Cláudia que, cabe aos familiares e amigos relembrarem os legados deixados e tudo que viveram enquanto viveram. Quem sobrevive precisa honrar os que foram.
Diz Bert Hellinger “O luto alcança seu objetivo quando nos entregamos à dor e, através dela, respeitamos e honramos os mortos. Quando o luto é observado e os mortos são honrados, eles se retiram. Então, a vida terminou para eles e podem estar mortos”. Uma nova e verdadeira vida reinicia, eles retornam a sua pátria espiritual.
Somos espíritos eternos, temporariamente vivendo uma experiência terrestre.
Rosa Silvestre – Consteladora e ThetaHealer (16)997147206







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